quarta-feira, 31 de julho de 2019

EDUCAÇÃO TERAPÊUTICA EM DOR

A Educação Terapêutica em Dor (ETD) visa incluir no tratamento fisioterápico um processo de ensinoa-prendizagem sistemático acerca dos conceitos de dor, explicando ao paciente como a dor funciona e como ela é processada no cérebro e no sistema nervoso como um todo, com o objetivo de tranquilizá-lo, alterando eventuais crenças equivocadas que ele tenha e que estejam limitando ou impedindo a sua evolução
clínica.
O que as pessoas pensam sobre o seu problema (a sua dor) e os comportamentos que elas adotam em relação a ele, contribuem para que ocorram mudanças mal adaptativas no cérebro. Os principais fatores que podem gerar essas mudanças negativas no cérebro são: preocupar-se exageradamente com a dor e suas consequências futuras; dar valor excessivo ao estímulo doloroso; proteger e isolar a área por tempos prolongados; movimentar-se de forma anormal por longos períodos.

Dar informações precisas ao paciente sobre o seu problema (educação terapêutica sobre a dor, baseada nos modernos conceitos da neurociência) e usar de movimentos funcionais gradativos (treinamento de controle motor, com ênfase na cognição) podem dar confiança ao paciente. Associado a um programa clássico de cinesioterapia, esse tratamento visa recuperar a esperança, reduzir o medo, a vulnerabilidade e a confusão que impera no COMPORTAMENTO dos pacientes quando o problema é uma dor que, para ele, parece que nunca vai passar.

Nosso desafio é!
• Como ‘alfabetizar’ os pacientes na neurociência da dor dentro de um modelo biopsicossocial para que eles entendam como suas dores são produzidas e integrem essa nova compreensão em suas crenças sobre a relação dor e função, de tal modo que eles sejam capazes de modificar suas atitudes,
comportamentos, escolhas de tratamento e de estilo de vida?

• “Como o fisioterapeuta pode ensinar aos seus pacientes algo sobre suas próprias dores para que eles não considerem a sua condição como catastrófica, nem desenvolvam medo ao movimento por causada presença de um quadro doloroso crônico? ”


Luiz Sola - Especialista em Dor Crônica da Coluna Vertebral

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