Nas últimas
décadas, o entendimento científico da dor crônica inespecífica aumentou
substancialmente. Esclareceu muitos casos de dor crônica com características de
alterações no processamento do Sistema Nervoso Central(SNC).
Mais
especificamente, a capacidade de resposta em neurônios centrais na entrada dos
receptores é aumentada, resultando em patofisiologia correspondente de
sensibilização central. Isso engloba um funcionamento prejudicado do
funcionamento cerebral das vias descendentes, que são inibitórias. A ativação
das vias ascendentes e descendentes, facilita o mecanismo de dor. O resultado é
um prejuízo da inibição de uma transmissão nociceptiva.
A Sensibilização Central altera o equilíbrio
do processamento sensorial do cérebro. De fato essas alterações de modulação
cria uma “assinatura da dor” no cérebro de pacientes com dor crônica. A
alteração na neuromatrix da dor compreende: A) Aumento da atividade em áreas do
cérebro que estão envolvidas com a sensação de dor aguda. Exemplo: A ínsula,
córtex cingulado anterior e córtex pré frontal. B) Atividade cerebral em áreas
não envolvidas com sensação de dor aguda, como os núcleos da base, córtex
frontal dorsolateral e córtex parietal.
A Sensibilização emocional cognitiva é muito
importante e se refere a capacidade do cérebro exercer forte influência em
vários núcleos centrais. O nível de vigilância, atenção e estresse influenciam
nas vias descendentes que são responsáveis pela inibição da dor.
A dor crônica envolve processos de
plasticidade neural. A entrada nociceptiva agrava a Sensibilização Central
quando há uma nova lesão.
Uma perspectiva futura é que os clínicos
implementem a ciência em sua prática e sigam diretrizes em Educação em Dor de
forma permanente.
Como aplicar a neurociência em pacientes
céticos a abordagem biopsicossocial? A cultura é seguir tratamentos seguindo
modelos biomédicos, que utilizam exames de imagem modernos, abordagem
catastrófica, cirurgias e medicamentos.
A explicação do tratamento deve ser clara para
se ter sucesso. Comece mudando as percepções em relação a dor, compreender
mecanismos fisiológicos, usar técnicas de distração através de estratégias
cognitivas. A Educação em Dor aumenta a motivação do paciente para realizar o
programa de tratamento.